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segunda-feira , 5 de fevereiro de 2024
mulher fazendo uso de Insulina via oral

Insulina Oral: Seria só um Sonho?

Milhares de pessoas que têm diabetes mundo afora precisam de injeções diárias de insulina para controlar seus níveis de glicose no sangue e evitar complicações do tipo cegueira, amputações, infartos, disfunção erétil, etc.

A insulina é um hormônio necessário para que nosso corpo use efetivamente a glicose (açúcar no sangue). Em pessoas que não têm diabetes, o corpo produz e secreta insulina, o que promove o transporte da glicose da corrente sanguínea para os tecidos, onde é usada como energia.

Todas as pessoas que têm diabetes tipo 1 e muitas pessoas que têm diabetes tipo 2 necessitam destas injeções diariamente, para controlar os níveis de glicose no sangue. O número de aplicações diárias vai variar de pessoa para pessoa, pois o tratamento de diabetes é individualizado.

Aplicações de insulina necessitam de treinamento por parte do paciente ou cuidador, toma tempo, interrompe horários diários e é considerado desagradável por muitas pessoas, alterando seu estilo de vida.

Muitas pessoas que têm diabetes tipo 2, deixam de iniciar o seu tratamento com insulina ou até mesmo abandonam por medos, tais como:

  • Fobia de agulha
  • Medo de hipoglicemia
  • Receio que a insulina usada por longo prazo prejudique ainda mais a sua saúde
  • Acreditam que as aplicações serão dolorosas
  • Medo de ganhar peso
  • Medo de não poder mais sair de casa

Aplicando insulina

A insulina deve ser aplicada no tecido subcutâneo, aquela camada de gordura que fica logo abaixo da nossa pele. Para que isso aconteça de forma eficaz, existem vários dispositivos, tais como: seringas, canetas e bombas de infusão contínua.

O uso de insulina requer muito conhecimento e treinamento por parte do paciente ou seu cuidador. São muitos detalhes, que quando não se tem atenção, podem comprometer o controle glicêmico do paciente.

Por que a Insulina não é Administrada Oralmente?

Até então, ainda não temos uma insulina em forma de comprimido, que ao ser ingerida, passe pelo estômago sem ser modificada pelo suco gástrico. A prioridade na administração da insulina a um paciente é certificar-se de que ela chegue à corrente sanguínea intacta, pois somente assim ela vai conseguir desempenhar o seu papel no controle dos níveis de glicose no sangue.

Você deve estar se perguntando: mas por que não uma insulina de absorção sub-lingual? A grande dificuldade é como individualizar a dose a ser usada para evitar crises de hipoglicemia.

Também já existem tecnologias que permitem a passagem de substâncias pelo estômago, sem modificar sua estrutura, desta maneira a insulina seria absorvida para corrente sanguínea pelas paredes do intestino, mas ai caímos na mesma situação da individualização da dose necessária.

Realmente, a vida de quem tem diabetes se tornaria mais fácil se existisse um comprimido de insulina, no horário determinado, seria necessário somente engolir um comprimido e pronto, os níveis de glicose estariam controlados, as pessoas poderiam ter uma vida plena e saudável, afastando as complicações do diabetes descontrolado.

Será que teremos Insulina via Oral em um futuro próximo?

Muitos grupos de pesquisa ao redor do mundo estão tentando desenvolver um sistema de administração oral de insulina, principalmente na forma de comprimidos ou cápsulas, devido a conveniência e o aumento das taxas de adesão ao tratamento por parte do paciente.

Abordar estas questões com êxito irá criar um novo paradigma no tratamento do diabetes, o que seria uma verdadeira revolução.

Uma mudança para a administração oral de insulina tem o potencial de melhorar a aceitação da terapia com insulina e revolucionar o tratamento do diabetes, uma vez que é uma abordagem terapêutica não invasiva que não causa os efeitos colaterais causados ​​pela injeção subcutânea frequente.

Pesquisadores da Universidade de Nova York em Abu Dhabi desenvolveram uma capsula, usando uma técnica de nanotecnologia.

A base do uso da nanotecnologia é o nanômetro, uma unidade de medida assim como o quilômetro, o metro e o centímetro. Ele equivale a um bilionésimo de metro, o que abre espaço para muitas possibilidades, mas também traz grandes desafios para conseguir trabalhar em uma escala tão minúscula. A maior prova dessa dificuldade, está o fato de que apenas laboratórios e indústrias que têm equipamentos de alta precisão conseguem lidar com essa tecnologia.

Para ser considerado um método eficaz de entrega de insulina oral, o sistema proposto deve compreender uma plataforma biocompatível que ofereça proteção à insulina contra ambientes ácidos externos e degradação enzimática.

Uma outra preocupação é em relação ao direcionamento correto da insulina ao receptor das células, juntamente com a liberação da insulina em resposta a estímulos, como hiperglicemia.

Nanotransportadores, como nanopartículas poliméricas, inorgânicas e sólidas de lipídios, surgiram como transportadores de insulina eficazes, contornando muitos dos problemas associados à administração oral de insulina e mostram promessa de propriedades biofarmacêuticas e farmacocinéticas desejáveis.

Usando camadas preparadas de nanofolhas com insulina carregada entre cada camada, é possível protegê-la. Usando esta técnica, os pesquisadores desenvolveram nanopartículas de estrutura orgânica covalente ligada a imina gastro-resistentes (nCOFs) que exibem proteção à insulina no estômago, bem como em cobaias diabéticas, cujos níveis de açúcar voltaram completamente ao normal dentro de duas horas após engolir as nanopartículas.

Esta tecnologia tem o potencial de permitir a administração oral de insulina de uma maneira mais segura, eficaz e amigável ao paciente; aliviar a carga do tratamento que é limitada à administração intravenosa ou subcutânea.

Em comparação com as duas tecnologias aprovadas pela FDA, nosso sistema é biocompatível, altamente estável no estômago, econômico, específico e responsivo à glicose. Portanto, representa um passo à frente no futuro da entrega oral de insulina e um novo caminho para o tratamento da diabetes Tipo I por meio da entrega oral de insulina baseada em nCOF.

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4 Comentários

  1. Sou diabético tipo 2 sempre tomei insulina a princípio custou aceitar eu próprio me injetar. Mas sei porque a insulina tem que ser injetada. Passado esse tempo tomo insulina sozinho, sem problema, e’ uma questão de hábito. Muito obrigada,

  2. Nunca tinha pensado em insulina como comprimido ou cápsulas … Mas, já me ocorreu, por que não ter em forma de adesivos ou outro método que fosse levada ao organismo quando necessário se fizesse. Aí poder-se-ia individualizar a dose. Um Abraço !!!!

  3. VLADIMIR DO NASCIMENTO PEREIRA

    MUITO BOA EXPLICAÇÃO DIRETA E OBJETIVA

Seu comentário é muito importante, porque ele me ajuda a te conhecer melhor

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